Inteligência não é fator determinante para se tornar rico, diz estudo

Estudo publicado na European Sociological Review por pesquisadores da Universidade de Linköping, na Suécia, e da Universidade de Amsterdã, na Holanda, aponta que a inteligência não é alavanca tão direta para chegar à riqueza como estamos acostumados a pensar.

De acordo com a pesquisa, liderada por Marc Keuschnigg, os dados empíricos mostram que há uma forte relação entre inteligência e salário até atingir cerca de 60 mil euros (R$334,7 mil) por ano. A partir deste patamar, a correlação passa a se tornar quase insignificante. Entre os 1% mais ricos, ocorre inclusive o oposto: eles foram considerados menos inteligentes do que aqueles logo atrás deles, indicando que o sucesso de milionários e bilionários se deve a algo diferente da inteligência.

“Precisamente na parte da distribuição salarial em que a capacidade cognitiva pode fazer a maior diferença, a capacidade cognitiva deixa de desempenhar qualquer papel. A capacidade cognitiva entra em um platô em torno de 60 mil euros. As diferenças de prestígio entre contadores, médicos, advogados, professores, juízes e membros do parlamento não estão relacionadas às suas habilidades cognitivas”, afirma o estudo.

Método

O estudo tem suas limitações, já que foi realizado apenas na Suécia e abordou 60 mil homens. Mas afirma que é um avanço, uma vez que a literatura anterior ligou sucesso econômico à inteligência, mas não considerou a capacidade relativa dos que ganham mais.

Para focar nisso, os pesquisadores observaram dados obtidos de recrutas militares suecos, que tinham pontuações cognitivas e informações de trabalho disponíveis, com cerca de 40 anos de idade e 11 anos de dados do mercado de trabalho, bem como uma série de pontuações de testes cognitivos, físicos e psicológicos feitos quando eram mais jovens. Esses testes foram comparados com seus salários e “prestígio” no trabalho entre as idades de 35 a 45 anos para procurar associações.

Os resultados mostraram um aumento esperado no salário e no prestígio à medida que a capacidade cognitiva aumentava, mas que ela estabiliza quando os salários atingiam o nível mais alto.

Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br/inteligencia-nao-e-fator-determinante-para-se-tornar-rico-diz-estudo/

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