Brasil: potência agrícola e gigante das energias renováveis
O Brasil, já reconhecido como um dos maiores provedores mundiais de alimentos, responsável por 27% do PIB em 2021, agora se destaca como potencial líder na descarbonização da economia global. Ao mesmo tempo em que abastece as mesas ao redor do mundo, o país tem a chance de alimentar o planeta com energia limpa.
Energia renovável: abundância e oportunidade
O Brasil é abençoado com uma gama diversificada de fontes de energia renovável: hidrelétrica, biomassa, eólica e solar. As projeções indicam que eólica e solar poderão dominar o mercado de energia elétrica, chegando a incríveis 47% da capacidade total até 2040. Dessa forma, esse domínio poderá traduzir-se em um mercado de USD 5 bilhões e USD 11 bilhões em 2030 e 2040, respectivamente.
Hidrogênio verde: a próxima fronteira
A competitividade do Brasil em energia renovável o coloca em uma posição privilegiada para a produção de hidrogênio verde (H2V). Considerando que 70% do custo de produção do H2V é energia renovável, o país tem a vantagem. Além disso, com a demanda doméstica prevista para absorver cerca de 60% da oferta total, o mercado potencial de H2V pode variar entre USD 5 a 20 bilhões nas próximas décadas.
A versatilidade da biomassa
A biomassa é outro trunfo brasileiro. Suas aplicações são diversas:
Biocombustíveis para aviação ou substituição ao diesel.
Desenvolvimento da indústria de biometano.
Produção de aço e processos industriais de alta temperatura.
Liderança em combustível sustentável
O Brasil tem tudo para ser o maior produtor global de combustível sustentável. Em outras palavras, elementos como a vinhaça de cana-de-açúcar, óleo de soja e cultivos como a macaúba, apta a crescer em pastagens degradadas, são promissores. Então, se bem aproveitados, estes recursos podem representar um mercado de até USD 40 bilhões até 2040, sem comprometer a produção agrícola.