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Desigualdade de gênero: desafios persistentes e soluções inovadoras

A igualdade de gênero ainda é uma meta distante. Afinal, segundo um estudo recente, o mundo levará 134 anos para alcançar essa igualdade. Essa previsão destaca a necessidade de acelerar as mudanças e implementar políticas eficazes. 

Além disso, de acordo com dados da Unesco, apenas 28% dos pesquisadores no mundo são mulheres. Ou seja, em áreas como ciências exatas, a desigualdade é ainda mais acentuada: menos de 20% na graduação e apenas 5% em doutorados. Esses números refletem uma realidade em que as mulheres continuam sub-representadas em setores cruciais para o desenvolvimento sustentável das cidades inteligentes.

Mulheres na ciência: uma jornada de desafios

A desigualdade de gênero na ciência é um reflexo de séculos de discriminação. Historicamente, as mulheres foram educadas para cuidar da casa e dos filhos, sendo raramente incentivadas a seguir carreiras profissionais. Durante a Primeira Guerra Mundial, no entanto, essa dinâmica começou a mudar. Afinal, com os homens no front, as mulheres assumiram trabalhos em fábricas, hospitais e outros setores essenciais, mostrando sua competência e capacidade de adaptação.

Porém, mesmo com esses avanços, o retorno à vida civil não eliminou as desigualdades. As mulheres continuaram a enfrentar barreiras para entrar e permanecer no mercado de trabalho, especialmente em áreas dominadas por homens. 

A luta pela educação e pelo direito ao voto foi fundamental, mas a divisão desigual das tarefas domésticas permaneceu um obstáculo significativo. Segundo o IBGE, as mulheres brasileiras dedicam, em média, 21,3 horas semanais às tarefas domésticas. Por outro lado, os homens dedicam apenas 11,7 horas.

O papel das cidades na igualdade de gênero

As cidades podem ser um grande aliado na promoção da igualdade de gênero. Com o uso de tecnologia e dados, é possível criar políticas públicas mais eficientes e inclusivas. Dessa maneira, programas de capacitação e incentivo à participação feminina em áreas como ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) são essenciais. 

Além disso, a implementação de infraestrutura que facilita a conciliação entre vida profissional e pessoal, como creches e serviços de apoio, pode aliviar a carga das mulheres.

Iniciativas como a promoção do trabalho remoto também são estratégias eficazes. Ou seja, elas permitem que as mulheres equilibrem melhor suas responsabilidades domésticas e profissionais, sem sacrificar o desenvolvimento de suas carreiras. Essas medidas são cruciais para reduzir a desigualdade de gênero e garantir que as mulheres possam contribuir plenamente para o crescimento e inovação das cidades inteligentes.

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