Indústria aeronáutica está determinada a trazer dirigíveis de volta e desta vez existe uma grande vantagem
Os dirigíveis já foram bem populares, mas foram deixados de lado por seu grande risco, especialmente por serem extremamente inflamáveis. A tragédia de Hindenburg em 1937 foi o ponto definitivo, de modo que esses veículos caíram em desuso… até agora.
É claro que projetos de dirigíveis nunca foram abandonados completamente, mas eles deixaram de ser viáveis. Com a tecnologia atual, seu retorno se mostra não apenas possível, mas conveniente.
Alguns projetos incluem o Pathfinder 3, o Airlander 10 e o Air Yacht. Desta vez a Euro Airship quer trazer seu dirigível para a lista, e a empresa francesa conta com uma grande vantagem: a energia solar.
O projeto se chama Solar Airship One e medirá 151 metros. Serão cerca de 4.800 metros quadrados de placas que fornecerão energia. Além do Sol, o dirigível também utilizará hidrogênio como combustível.
Além de sua construção sustentável o dirigível também é bastante funcional, pois a ideia é que percorra 40 mil km em 20 dias sem escalas. Durante o dia suas placas fornecerão energia solar e o excedente será armazenado em células de combustível que produzem hidrogênio por meio da eletrolise de água.
Projeto previsto para 2026
“Para evitar momentos de inércia associados ao uso do hélio, a aeronave é composta por 15 envelopes de gás. Cada um é gerenciado individualmente, permitindo responder instantaneamente e antecipar fenômenos meteorológicos”, detalha o site oficial.
De acordo com a Flying, a equipe responsável pela construção do dirigível espera receber permissão para alçar voo ainda em 2026. É claro que para isso precisará cumprir com muitos requisitos. A construção está prevista para se iniciar em 2024.
“Com partida prevista para 2026, o Solar Airship One irá sobrevoar mais de 25 países, dois oceanos e vários mares”, explicam os responsáveis pelo dirigível, que especificam que ao longo desta viagem de demonstração o seu navio passará pela Índia, China, México, Estados Unidos, Mauritânia, o Mali ou a França, entre outros países.
Além disso, o projeto conta com uma equipe experiente: Bertrand Piccard, que já possui outra aventura famosa. Dorine Bourneton, a primeira piloto acrobática feminina deficiente do mundo e Michel Tognini, um experiente piloto de testes e ex-astronauta do CNES e da ESA.
O motivo? Basicamente preencher uma lacuna no mercado e na indústria aeronáutica. Vale ressaltar que se trata de um veículo com zero de emissão de carbono. “Podemos estar a 6.000 metros, usá-lo sem tripulação e ficar no ar por muito tempo”, lembra Bourneton. Outro mercado que o dirigível poderá focar no futuro e que a empresa também olha com interesse é o de logística e transporte de cargas.
Fonte: https://br.ign.com/tech/114054/news/industria-aeronautica-esta-determinada-a-trazer-dirigiveis-de-volta-e-desta-vez-existe-uma-grande-va