Ministro das Finanças alemão diz que carros a combustão não acabam em 2035

Nos últimos dias o ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner, deu uma declaração que deixou muitas pessoas surpresas. Isso porque desde julho de 2021 vem sendo discutida uma proposta a respeito da comercialização de veículos com motores a combustão, para que fossem descontinuados até 2035.

Na sua declaração, o ministro se opôs à ideia e surpreendeu ao destacar que não apoia a proposta, que acabou sendo aprovada recentemente para o Governo do qual ele faz parte. O político falou sobre o assunto em um discurso realizado pelo lobby industrial alemão, o BDI.

De acordo com o que foi destacado pelo ministro, a medida em questão, que foi aprovada anteriormente pelo Parlamento Europeu, tem como objetivo zerar as emissões de veículos novos que serão comercializados na União. Para ele, essa postura não está correta e ele não aprova a nova legislação.

Diante disso, a declaração pegou a todos de surpresa, inclusive a colega de Governo do ministro, Steffí Lemke, ministra do Ambiente e que faz parte do partido Os Verdes. Ela vem defendendo ao longo dos anos o banimento dos veículos que contam com motores a combustão e concorda com a medida aprovada.

O que a declaração do ministro pode mudar?

Com a declaração feita pelo ministro durante o evento em questão, existe a possibilidade de que a legislação aprovada acabe sofrendo com algumas mudanças. Isso acontece porque como a Alemanha é a maior economia da Europa atualmente, o peso de uma declaração de um ministro do país pode modificar algumas ações agora.

Desse modo, existe um potencial muito grande diante da fala do ministro de que agora haja uma flexibilização nessa medida e que ela não seja da forma como foi aprovada de fato. As decisões finais, entretanto, ainda precisam ser tomadas para tal e será preciso que nesse bloco haja uma aprovação unânime dos 27 países membros.

Anteriormente, a votação que ocorreu no Parlamento Europeu também não foi muito bem recebida pelo setor, igualmente o que aconteceu com o ministro. Isso porque após o processo de votação, a Associação dos Fabricantes Europeus de Automóveis divulgou um comunicado nada amistoso.

No comunicado em questão, a ACEA declarou que apoiava a meta de redução em 50% das emissões de CO2 até 2030, mas que não apoiava a medida que visava 100% até 2035, como foi aprovado pela medida em questão.

Vale destacar que os combustíveis sintéticos, neutros em CO2, estavam também presentes entre as alternativas destacadas nessa ocasião.

Fonte: Grupo Editores do Blog.

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