Toyota aposta em cidade inteligente no Japão e acende alerta para o futuro urbano

O projeto de uma cidade inteligente no Japão, liderado pela Toyota, mostra como o futuro das cidades está em transformação. A iniciativa, chamada Woven City, está sendo construída na base do Monte Fuji. Segundo o Business Insider (2025), ela funcionará como um laboratório urbano em tempo real, onde novas tecnologias serão testadas com moradores, carros autônomos e inteligência artificial.
Com previsão de receber cerca de 2 mil residentes iniciais, a cidade inteligente da Toyota promete unir mobilidade sustentável, energia limpa e conectividade total. As casas terão sensores para monitorar a saúde dos moradores e serão abastecidas por hidrogênio. Tudo será planejado para ser eficiente, seguro e automatizado. Ou seja, esse tipo de planejamento pode inspirar gestores públicos no Brasil a repensar como usar a tecnologia para melhorar a vida nas cidades.
Tecnologia muda o conceito de gestão urbana
O exemplo da Woven City mostra como as cidades inteligentes não são mais um conceito distante. Segundo relatório da McKinsey & Company (2023), o uso de tecnologias inteligentes pode reduzir em até 30% os crimes e melhorar o tempo de resposta dos serviços públicos em até 20%. Isso reforça o papel dos auditores fiscais e gestores no planejamento urbano baseado em dados.
No Brasil, cidades como Curitiba e Salvador já iniciaram projetos com sensores urbanos, câmeras com inteligência artificial e aplicativos que informam sobre transporte público. Essas iniciativas tornam os serviços mais acessíveis e eficientes, e podem ser ampliadas com base nos aprendizados de projetos como o da Toyota.
Mobilidade e energia limpa são pilares da cidade inteligente
A Woven City será 100% livre de carros movidos a combustíveis fósseis. Apenas veículos autônomos e elétricos circularão em suas vias. Além disso, todas as construções serão alimentadas por hidrogênio e energia solar, reduzindo drasticamente a emissão de carbono. Afinal, conforme a Agência Internacional de Energia (IEA, 2024), cidades inteligentes que investem em energia limpa podem reduzir suas emissões em até 70% até 2050.
Para cidades brasileiras que enfrentam problemas com transporte público e poluição, investir em mobilidade inteligente pode significar ganhos econômicos e de saúde pública. A integração entre transporte coletivo, dados em tempo real e veículos elétricos precisa fazer parte dos planos municipais.
Cidade inteligente e o papel da administração pública
Gestores públicos, prefeitos e servidores municipais têm papel decisivo nesse processo. Planejar uma cidade inteligente exige revisão das leis urbanas, capacitação técnica e parcerias com o setor privado. O exemplo japonês mostra que a união entre inovação e planejamento pode transformar a realidade urbana.
Segundo a ONU-Habitat (2024), até 2050, 68% da população mundial viverá em áreas urbanas. Esse dado reforça a urgência de repensar os centros urbanos. As cidades que se prepararem desde já, como propõe a Toyota, estarão mais prontas para enfrentar os desafios do futuro.
Previsão: como será a cidade em 2040
Se projetos como o da Toyota forem replicados globalmente, em 2040 viveremos em cidades conectadas, limpas e inclusivas. Os dados coletados em tempo real serão usados para melhorar a educação, saúde e segurança. O poder público terá ferramentas mais precisas para planejar e agir. A cidade inteligente não será um modelo único, mas um conjunto de soluções adaptadas a cada realidade local.
Imagem: mantaphoto / Getty Images