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Construindo para durar: estratégias de resiliência que moldam o futuro dos negócios

Os últimos anos têm sido uma demonstração prática de como as condições do mercado podem sofrer mudanças rápidas e drásticas. A disseminação global da pandemia de COVID-19 causou impactos desiguais, levando algumas empresas a enfrentarem uma queda repentina na demanda, enquanto outras testemunharam uma demanda inesperada e sustentada.

Resiliência em tempos de continuada incerteza

Neste exato momento, abalos secundários continuam a abalar a economia global. Diversas regiões ainda lidam com a crise sanitária, enquanto outras lutam pela recuperação plena. A flexibilização das restrições econômicas tem liberado uma demanda reprimida em diversos setores, exercendo pressão adicional sobre as já tensionadas cadeias de suprimentos, que sofreram meses de interrupção. Fatores como o impacto do Brexit e a necessidade de transição para a Indústria 4.0 e modelos de negócios sustentáveis agravam o desafio.

Resiliência operacional como pilar estratégico

Nesse cenário complexo, a resiliência operacional emerge como uma questão estratégica fundamental para os diretores de operações. Isso acrescenta uma camada adicional de complexidade a uma agenda já sobrecarregada. Para além das metas tradicionais de controle de custos, manutenção da qualidade e atendimento às expectativas de entrega, as empresas agora estão focadas em garantir que suas operações sejam robustas e flexíveis o suficiente para enfrentar choques inesperados.

Superação das limitações da abordagem fragmentada

A tentação de delegar a responsabilidade pela resiliência a locais e funções individuais pode parecer lógica, dada a importância da execução disciplinada no nível operacional. No entanto, essa abordagem fragmentada e de baixo para cima revela-se inadequada para construir resiliência eficaz. Uma visão mais ampla é necessária.

Abordagem holística e multifuncional para a resiliência

A experiência da McKinsey indica que ações na linha de frente contribuem para aumentar a resiliência, mas apenas quando implementadas como parte de uma iniciativa coordenada, abrangendo todos os locais e funções empresariais. A pesquisa demonstra que uma abordagem holística e multifuncional pode resultar em uma resiliência até 30% a 40% maior do que a otimização funcional tradicional.

Revisão da estrutura operacional

Uma das bases para aumentar a resiliência é repensar a estrutura operacional. Muitas organizações cresceram de maneira não planejada, resultando em redes de produção complexas e ineficientes. A análise periódica da presença operacional é vital, com a necessidade de avaliar quais atividades devem permanecer internas e quais podem ser externalizadas para fornecedores especializados. A consolidação de processos em centros de excelência também é uma estratégia para otimizar a rede operacional.

Parcerias estratégicas para fortalecer a resiliência

Além disso, a busca pela resiliência requer colaboração com parceiros externos. Modelos de manufatura por contrato (CM) ou parcerias com fabricantes de equipamentos originais (OEMs) e fabricantes de design originais (ODMs) surgem como alternativas para ganhar flexibilidade e compartilhar riscos.

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