Gestão de ISS: o que muda com os avanços tecnológicos nas cidades inteligentes

ISS é a sigla para Imposto Sobre Serviços, um tributo municipal que incide sobre a prestação de serviços em geral. Toda vez que uma empresa ou profissional autônomo presta um serviço, deve recolher esse imposto para a prefeitura da cidade onde atua. A gestão de ISS é, portanto, o conjunto de práticas usadas para controlar, fiscalizar e arrecadar esse imposto. Com a chegada das cidades inteligentes, essas práticas estão mudando — e para melhor.
A tecnologia tem ajudado os municípios a entender com mais clareza quem presta serviços, quanto está sendo faturado e quanto precisa ser recolhido. Isso traz mais justiça fiscal e aumenta a arrecadação sem elevar alíquotas. O foco agora é usar dados, automação e sistemas inteligentes para tornar a gestão de ISS mais eficiente e menos sujeita a erros ou fraudes. O resultado? Uma máquina pública mais moderna, ágil e transparente.
Cidades inteligentes usam dados para melhorar a gestão de ISS
São Paulo foi uma das primeiras cidades a implantar a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e). Com ela, ficou muito mais simples para a prefeitura acompanhar a movimentação de serviços. Já em Belo Horizonte, a gestão usa inteligência artificial para cruzar dados de empresas e detectar possíveis fraudes ou omissões. Tudo isso aumenta a arrecadação e reduz a sonegação.
Em cidades menores, como Maringá (PR), o uso de painéis digitais de monitoramento permite que os gestores saibam, em tempo real, de quais setores vem a arrecadação do ISS. Assim, é possível identificar onde há risco de evasão fiscal e atuar de forma preventiva. As cidades inteligentes não dependem mais de processos manuais. Elas usam dados e automação para antecipar problemas e melhorar resultados.
Tecnologia amplia controle fiscal e fortalece a arrecadação
Com a integração de sistemas, as cidades passam a ter uma visão completa dos contribuintes. Em Curitiba, por exemplo, a prefeitura conectou as bases de dados da Vigilância Sanitária, Meio Ambiente e Fazenda. Com isso, identificou empresas que operavam sem pagar ISS. Essa ação aumentou a base de contribuintes e corrigiu distorções.
Outro avanço é a padronização nacional da NFS-e, que começou em 2023. Ela permite que prestadores de serviço que atuam em várias cidades emitam suas notas num único sistema. Isso facilita a vida do contribuinte e melhora o controle fiscal. Até municípios pequenos conseguem agora fiscalizar com mais qualidade, graças à tecnologia das cidades inteligentes.
Cidadão ganha mais transparência com a nova gestão de ISS
A digitalização também trouxe mais transparência. Cidades inteligentes disponibilizam portais onde qualquer cidadão pode ver quanto foi arrecadado em ISS e onde esse dinheiro está sendo usado. Isso fortalece o controle social e aproxima a população da gestão pública. Um cidadão bem informado cobra mais resultados — e isso melhora a qualidade dos serviços públicos.
Com sistemas integrados, uso de inteligência artificial e foco em dados, a gestão de ISS nas cidades inteligentes está se tornando mais justa e moderna. Para os auditores fiscais e gestores municipais, essa transformação representa uma oportunidade única de evolução na administração pública.