|

Ranking das cidades mais felizes do mundo revela lições para os gestores públicos brasileiros

O ranking anual da Forbes sobre as cidades mais felizes do mundo, divulgado em junho de 2025, apresenta insights valiosos para prefeitos, auditores fiscais e gestores municipais brasileiros. A lista combina indicadores como qualidade de vida, bem-estar emocional, acesso à natureza, segurança e conexões sociais. Cidades inteligentes como Aarhus (Dinamarca), Zurique (Suíça) e Toronto (Canadá) estão entre as dez primeiras posições, mostrando que tecnologia e políticas públicas bem aplicadas andam lado a lado com a felicidade dos cidadãos.

Essas cidades felizes não são apenas bons lugares para viver, mas também modelos de eficiência urbana. O estudo da Forbes é baseado em dados de plataformas como a Happy City Index e o Relatório Mundial da Felicidade da ONU. Além disso, considera fatores como saúde mental, lazer acessível e transporte público de qualidade — características comuns em cidades inteligentes. A lição para os municípios brasileiros é clara: investir em bem-estar pode trazer retorno direto em qualidade de vida e produtividade.

Infraestrutura e mobilidade são pilares das cidades felizes

Entre os fatores que fazem uma cidade ser considerada feliz, a mobilidade eficiente é um dos principais. Em Zurique, o transporte público cobre 90% do território urbano, com trens, bondes e ônibus elétricos integrados. Em cidades brasileiras que buscam se tornar cidades inteligentes, como Curitiba e Florianópolis, melhorias na infraestrutura já apresentam impactos positivos no bem-estar da população. Segundo o Ipea, cidades com mobilidade urbana de qualidade registram menor estresse e maior participação social.

Planejamento urbano é decisivo para o bem-estar coletivo

Cidades como Auckland, na Nova Zelândia, e Copenhague, na Dinamarca, priorizam o uso de espaços públicos e a convivência em áreas verdes. Esses modelos urbanos aumentam o senso de comunidade e reduzem o isolamento social. No Brasil, iniciativas como o Plano Diretor Participativo têm ajudado municípios a criar políticas mais inclusivas. Cidades inteligentes se destacam justamente por usar dados para identificar carências e planejar ações com foco nas pessoas.

Conexões sociais fortalecem a felicidade nas cidades

O estudo da Forbes também mostra que laços sociais fortes são tão importantes quanto infraestrutura. Em Helsinque, por exemplo, programas de integração comunitária reduziram índices de depressão em 20% nos últimos cinco anos. A cidade usa tecnologia para promover eventos locais, aproximar vizinhos e fomentar redes de apoio. Municípios brasileiros podem adotar estratégias similares, usando plataformas digitais para fortalecer a coesão social, especialmente em áreas urbanas densas.

Governança eficiente melhora a satisfação com a vida urbana

Cidades felizes possuem governança participativa, com decisões tomadas de forma transparente e com envolvimento da população. Em Toronto, o orçamento participativo é um exemplo: cidadãos ajudam a decidir onde investir parte dos recursos públicos. Essa prática, que cresce também em cidades inteligentes brasileiras, como Porto Alegre, aumenta a confiança nas instituições e melhora a percepção de justiça e pertencimento.

Outras Notícias